Estudos
de Casos
A criança inicia
seus primeiros anos de vida escolar, se alfabetiza e já na primeira fase do
ensino fundamental começa a debater os primeiros temas de natureza histórica.
Mesmo com a pouca idade, inicia o debate com um conceito um pouco distante: o
passado. Isso não quer dizer que as experiências já vividas não fazem parte do
seu cotidiano, pois desde muito cedo acumula suas primeiras lembranças pessoais
e familiares.
O modelo de aula a
ser oferecido, nas mais variadas disciplinas, é uma preocupação central do
professor interessado em tornar sua própria disciplina mais interessante. No
que tange ao ensino de História, muitos professores se preocupam em romper com
as aulas centradas em sua capacidade de narrar a história. Neste tipo de aula,
a capacidade de interpretar o passado se transforma em um exercício próprio ao
professor e estranho à figura do aluno.
Ainda hoje, em
diferentes instituições de ensino, percebemos que os professores capazes de
dominar quarenta ou cinquenta minutos de sua aula e com a capacidade de narrar
o passado são visivelmente prestigiados. Estes são vistos como grandes
detentores de saber e, ao mesmo tempo, como discursantes bem articulados capazes
de repassar de forma fácil e pronta aquilo que se faz necessário saber sobre o
passado.
Contudo, mesmo não
negando a importância da capacidade de narrar, devemos perceber que este modelo
de aula impede o contato do aluno com os elementos que permitem a construção
das narrativas históricas. Em uma perspectiva ainda mais problemática, notamos
que esse tipo de aula muitas vezes faz com que o aluno veja a História como um
tipo de saber livresco, onde não há reflexões sobre a necessidade de se saber
História e como ela se constitui.
Entre essas
propostas, devemos destacar a chamada aula-oficina, que rompe de forma rica com
os moldes passivos e tradicionais de ensino. Tal modelo, privilegia a
construção de uma aula incialmente organizada por um tema e um conjunto de
objetivos a serem atingidos com o debate em sala de aula.
Por meio de tal
ação, o professor molda a investigação do passado por meio das demandas
apresentadas pelos seus alunos. Sem dúvida, notamos aqui que a aula-oficina
visa claramente romper com as situações em que o ensino de história se mostra
distante do aluno ou radicalmente centrado na figura do professor. De tal
forma, tanto professores como alunos conseguem perceber o ganho
histórico-cognitivo oferecido pela oficina.
Canal do Educador
Equipe Brasil Escola


Estudos de Casos
Professora: Éricka Cleópatra
Caso: Mito ou
Verdade – Carlos e a Serpente
As rachaduras e os abalos nas ruas da cidade de
Porto Calvo-Al, gerou uma tremenda curiosidade em Carlos. Que cresceu ouvindo a
lenda da Serpente, que tem a cabeça presa embaixo do altar da Igreja Católica (
matriz ) e sua calda chega ao rio Manguaba.
Em busca de saber da existência dessa serpente, se
é verdade ou estória do povo, Carlos decide investigar e expõe essa história
tão interessante à seu professor e toda a sua turma.
Com a investigação, Carlos conclui que a população
se encontra leiga dos acontecimentos históricos da cidade e que esta lenda
deve-se ao fato de não entrarem nos túmulos existentes no início da colonização
do Brasil, quando os portugueses aqui já habitavam para não roubarem os
utensílios de ouro, armas, armaduras e armas brancas que escondiam nos túneis.
Carlos descobriu também que não existe serpente, apenas foi um feitiço lançado
por um bruxo da França para amedrontar a qualquer um que ousasse entrar nos
túneis. Daí a invenção da serpente, que com a existência dos túneis causa
rachaduras e abalos nas ruas da cidade.


Questões
para Debate:
1.
Você concorda que esta informação seja publicada/divulgada? Justifique.
2.
Manter a lenda da serpente faz com que a
cidade torne-a mais interessante?
3.
O que fazer com as pessoas mais antigas que
afirmam ter visto essa serpente?
4.
Deve-se respeitar? Ou precisa-se de uma
investigação mais detalhada do caso para esclarecer ou mostrar-lhe a verdade?
Atividade complementar: Levantar
artigos publicados em livros, jornais ou revistas que possam esclarecer e
chegar a uma versão mais próxima da realidade. Pois não existe só essa versão
da estória da serpente.

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